eu mangue
uma edição da folha na capa, a eterna gal com seus seios fartos a mostra, é 10 de novembro vergueiro com castro alves ele cozinha enquanto o observo sua blusa branca riscada de azul compondo com os outros azuis da porta as janelas pequeno quarto o chão de madeira, a densidade dos prédios ao redor, os sons das ruas me encheram a cabeça o feijão com coentro, a couve refogada, o arroz com cúrcuma me encheram o estômago o corpo já mole, cansado, me fez lembrar da prometida farofa que virou desculpa para voltar outra vez. voltarei o sol que resolveu aparecer, se escondeu pelas duas largas janelas o vento já frio indicou o crepúsculo. me olhando enxergando profundamente disse que meu olhar é marejado nem grande, nem pequeno, médio e do mangue tipo bicho do mangue não sabe exatamente qual, mas confirma ser do mangue.