piratininga engolida
Dos edifícios, rígidos, ausentes de graça ou muita cor, sobem esqueletos que indicam uma cidade outra futura. Frenesi imobiliário emaranhado ausente de horizontes enclausurada em si. Concentração de renda ricos mais ricos que como reis dos seus terraços e carros de luxo empobrecem a maioria mais da metade. Sem pobre não tem rico? E com miséria fome pedras antidepressivos, tem país? Entre o remedinho de todo dia, a cerveja gelada em pinheiros e o crack que esconde a fome e alivia do frio, qual a diferença? O apartamento? A geladeira cheia? O mestradinho? Ringue centro retrato a poeira escapou do tapete The Walking Dead paulista tirem a barraca o bom prato cerquem a praça prendam eles. Andando quatro quarteirões paraíso com aclimação conto 23 corpos vivos me parecendo famintos esticados no chão, mortos? Não, dormindo. Nação de terras de sem tetos capitanias do nosso tempo máquina de moer gente urbano compulsório e seu pretensioso controle. *São Paulo, 08 de abri