seis de março de dois mil e vinte e dois


renascer no verão.

ressaca de carnaval, sol forte, chuva torrencial, excesso de milímetros, rio que transborda, suor que umedece, enxurrada que puxa tudo ladeira abaixo, calor que hora desnuda hora sufoca, intensidade elevada a mais alta voltagem. é sobre se permitir ser ambíguo, contraditório e dar um cavalo de pau em si quando necessário. é ser vaso de barro firme que não esfacela, ser líquido que se apertar escorre. estar aqui mas estar lá. estar na imagem no minuto da imagem, e se jogar na gira sabendo que tudo que vai volta, e o que não é bom corta. 


é também sobre cuidar dos laços, renovar perspectivas, manter portas sem trancas e janelas bem abertas. ser movimento e não ter receio das estradas, trocar o medo pelo humor e exercitar a alegria. estar verdadeiramente onde estiver. saber receber, saber despedir. 


manter a sabedoria para ser bom quando precisar, ser ruim quando precisar. 

submergir. 

se entregar ao acaso, confiar na força da encruzilhada (laroyê) chamada vida, não andar só. se manter longe de muros e cercas. hoje a lua está crescente e quem tem limite é município, quem quer guerra toma guerra, quero saúde, paz, prosperidade e asé, para mim, para nós.


“olê, olê, olê, olá”


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