emtranse na casa rosa

 7/ set /2018


dia de sol forte. desenvolvemos o flash da independência no ateliê planta, localizado no agitado e efervescente horto. gilmara oliveira, ana clara ligeiro e arthur camargos doaram alguns por cento de cada tatuagem feita no dia para a realização da residência. vendi saladas de fruta na porta do ateliê. engraçado lembrar das crianças que desciam a capitão bragança e compravam a salada, o movimento no horto não estava muito legal, era feriado na sexta feira. sem muitos lucros após às 15h decidi descer para o centro, por lá vendi algumas saladas na praia da estação, e no lotado crj, que estava aberto com alguns bons eventos.  


8 y 9/ set /2018


casa rosa de marte - pau comeu - belo horizonte 


aos poucos a casa foi enchendo, recebendo novos e atentos visitantes. não sabíamos ao certo quem toparia o desafio de adentrar a casa rosa de marte por inteiro. eu e gilmara firmamos o ponto na produção da edição, desenvolvendo várias ações para levantar grana o suficiente para manter as atividades básicas nos dois dias de residência. além da produção, desenvolvemos a curadoria e articulamos os encontros guiados.


os tão próximos vizinhos da casa observavam a mudança na dinâmica da área. parecíamos felizes, coloridas e escandalosas. aos poucos ativamos o espaço com nossa presença performativa, foram dois intensos dias. fizemos janta, conversas, meditações,lanches, almoço, caminhada no entorno, banho de mangueira na lage, e muitas ações artísticas que ampliaram as nossas vivências na residência.  


decidimos manter o silêncio durante a noite, as casas são próximas, coladas e não queríamos alterar negativamente o ambiente que estávamos. viver uma outra casa em coletivo forçando a manutenção do silêncio, foi o maior e mais fascinante desafio. engraçado como os becos vibram em energia e as ondas sonoras atravessam as paredes e enchem nossos ouvidos. 


descansamos em sono profundo para chamar um novo dia de residência.  

 

pela manhã nos concentramos no lanche matinal, conversas sobre processos, organização da mostra no período da tarde, e feitura do almoço comum. na tarde de domingo, enquanto nos refrescávamos com poucas roupas, mangueira e música ambiente, desfrutamos da incrível vista de belo horizonte,com performances acontecendo na casa e no entorno, dialogando com a vida pulsante da pau comeu. 


após uma deliciosa conversa coletiva final, o sol foi embora, e nós também.

residência emtranse - teato do amanhã /2018. 



/ jonata vieira, 07 de setembro de 2020 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

localização, please

flor que se cheire