cine zoológica

A bicharada ficou desconfiada quando percebeu o cavalo entrando na sala 

ninguém tinha certeza da procedência.

Os olhares o devoravam,

julgavam por ser um grande equino.


A pata, coitada 

com seu bico imenso 

fico paralisada quando viu o porco se aproximando

se afastou mantendo distância.  


A cobra, distante 

no canto

introspectiva, mas observando tudo

aos poucos foi rastejando, interessada no ilustre visitante.


O galo que mais parecia um chester 

estava pomposo, 

a mostra, 

tipo um pavão. 

O coelho com cara de satisfeito

saiu da cabine com dois gatos

todos esbranquiçados de tanta farra. 


O cachorro, 

não parava de latir atrás do lobo

que estava interessado nas galinhas, todas fartas. 


A mais indesejada acabou de entrar, 

a volumosa vaca

na orelha, brincos cor de ouro 

com o rabo empinado, fazendo a bicharada morrer de inveja

me parece que o boi estava à sua espera. 


Voltando ao cavalo, 

o safado estava aos beijos com a grossa cobra, 

serpente esperta, 

expelindo seu veneno, ali, a mostra. 


A preguiça sonolenta 

sentiu uma mãozada estranha no bolso, 

foi o rato! 

Um não, três. 


No corre corre, 

o telão apagou. 

Entre tropeços e gritaria, 

a sala apertada presenciou mais uma confusão.

A saída de emergência que não existia 

se tornou a própria porta de entrada 

mais parecendo um abatedouro,

de público duvidoso. 


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